(Pe. Domingos Godinho de Araújo, Timorense em Portugal)
Portugal (www.mediaonetimor.co) – O 49.º aniversário da criação das Forças Armadas de Libertação Nacional de Timor-Leste (FALINTIL) é uma ocasião de profundo significado para todos os timorenses. Esta data não só celebra a bravura e o sacrifício daqueles que lutaram pela independência, como também nos convida a refletir sobre o papel crucial das gerações futuras na construção de um Timor-Leste próspero e soberano. É uma homenagem aos heróis que, com coragem e determinação, resistiram à opressão e conquistaram a liberdade de que hoje desfrutamos. Contudo, enquanto celebramos estas conquistas, devemos também considerar as responsabilidades que recaem sobre os ombros dos jovens de hoje.
A luta pela independência foi, sem dúvida, uma das maiores expressões de unidade e sacrifício coletivo na história do nosso país. No entanto, a independência por si só não garante um futuro próspero. Como bem alertaram vários filósofos ao longo da história, o verdadeiro desafio de uma nação começa após a conquista da liberdade. Para pensadores como Immanuel Kant, a liberdade é um meio para um fim, e não um fim em si mesma. A liberdade serve como uma plataforma para o desenvolvimento moral, intelectual e económico de uma sociedade. Do mesmo modo, Jean-Jacques Rousseau argumentava que a verdadeira liberdade só pode ser alcançada quando os cidadãos são educados e capazes de participar ativamente na vida pública.
É neste contexto que se coloca a questão crucial: o que devem as gerações jovens fazer para honrar o legado dos heróis da FALINTIL? A resposta, a meu ver, reside no compromisso com o conhecimento e a educação. O nosso país ainda é muito jovem, e o caminho para o desenvolvimento está longe de ser simples. Precisamos de uma nova geração, formada, com bons conhecimentos e competências, para guiar Timor-Leste rumo a um futuro de estabilidade e prosperidade.
A educação não é apenas uma questão de adquirir conhecimentos técnicos ou científicos, mas também de formar cidadãos conscientes, críticos e responsáveis. Como disse Aristóteles, “a educação é o melhor provisionamento para a velhice.” Assim, os jovens de hoje devem lutar por algo mais do que a independência física; devem lutar pela independência intelectual e económica, que só pode ser alcançada através da educação. A verdadeira liberdade de um país está na capacidade dos seus cidadãos tomarem decisões informadas, construírem instituições fortes e promoverem o bem-estar comum.
Além disso, é essencial que as novas gerações cultivem a unidade e a fraternidade. O futuro de Timor-Leste depende da capacidade de todos os seus cidadãos trabalharem juntos em prol de objetivos comuns. Como Martin Luther King Jr. afirmou, “A unidade é a grande necessidade do momento.” A construção de um ambiente fraterno, onde todos possam contribuir com as suas habilidades e talentos, é fundamental para o progresso do nosso país. A divisão interna, por outro lado, só servirá para atrasar o desenvolvimento e enfraquecer a nossa jovem nação.
Portanto, a mensagem para os jovens, para a nova geração, e para todo o povo de Timor-Leste é clara: tenham fome de conhecimento.
Invistam na sua educação, procurem sempre aprender mais e melhor. O futuro do nosso país depende de uma geração que seja não apenas corajosa, como os heróis da FALINTIL, mas também sábia, capaz de liderar Timor-Leste em tempos de paz e desenvolvimento.
À medida que celebramos este aniversário, recordemos que a melhor maneira de honrar o sacrifício dos que lutaram pela nossa independência é assegurar que Timor-Leste se torne uma nação próspera, governada por cidadãos informados, unidos e dedicados ao bem comum. Este é o verdadeiro legado que podemos deixar para as gerações futuras. (Acesso em: You Tube/Facebook https://www.facebook.com/Media1Timor Media ONE Timor)
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